30 setembro 2006

THIS IS... MUSIC !

A meus muito queridos Manos;
A minhas muito amadas Cunhadas;
A todos os nossos apaixonados leitores;
2006 – Ano extraordinário de comemorações musicais, grandes nomes da música universal de sempre, de cá e de lá, são lembrados, comemorados, trabalhados, tocados e ouvidos durante este ano (claro que nos outros, também !).
Vem este apontamento na sequência dos textos misteriosos, verdadeiramente cifrados, “maçonicamente” codificados que meus queridos, amados, apaixonados, idolatrados irmão RB e cunhada PatBR têm vindo a postar, animando “musicalmente” este “A PARTIR PEDRA”.

Em 2006 temos:
- 250 anos do nascimento de Mozart;
- 150 anos da morte de Schumann;
- 100 anos do nascimento de Lopes Graça;
- 100 anos do nascimento de Armando José Fernandes;
- 100 anos do nascimento de Luis Sousa Rodrigues
- 100 anos do nascimento de Dimitri Chostakovitch
- 20 anos da morte de Ruy Coelho;
- 25 anos de carreira dos GNR;
- 40 anos de carreira de “5 minutos de Jazz”, programa de rádio de José Duarte;
- ... (mais alguns !)

Matutei, matutei, ... e encontrei ! Está aqui a explicação, é o ano da música !!!
Pus as minhas capacidades em campo e com a ajuda de alguns amigos “paperazzi” consegui o que nem os próprios sonham, a foto dos dois (RB e PatBR) em plena função, codificando toda a informação que desde há 2 dias vão “blogando” dia e noite.

Então, aqui os apresento em 2 momentos dos ensaios, dando-nos música:

APRESENTAÇÃO NOS MANIQUES

NO PALCO DOS CASTIÇOS

A primeira foto foi conseguida durante um ensaio no palco emprestado pelos “Castiços da Lourinhã” e na segunda os nossos dois artistas estão em ensaio geral no “Grupo JET7 dos Maniques da Linha”.
Esta modestíssima homenagem ao V. lirismo não chega nem às antevésperas das Vs. melodiosas sonoridades, não ouvidas, mas lidas, quiçá com muito maior vantagem para os nossos duros canais auditivos (mais ainda com a vantagem de não perturbarem a tranquila paz do “cãozinho” do José que certamente muitos sinais de alegre jovialidade transmitiria a todos os felizardos do prédio onde vive, perante sons tão suaves e bem timbrados).

Por isso, e por tudo isso, eu Vos agradeço, na certeza de que comigo estará a grande maioria dos que penosamente vão lendo os dislates das nossas corriqueiras e nada buriladas letras (excepção feita, pois naturalmente à orgia literária dos últimos 2 dias), a trabalheira que tiveram na codificação para suporte escrito das melodias extraordinárias com que a V. enorme musicalidade quis brindar estes pobres mortais, nada dados a tão etéreas artes.

Como diria o poeta, “é música, é música !”.


Do V. tão modesto, lento e australopithecus admirador e, a partir de agora também, embevecido servo.



PS – Fazem favor não se ponham a puxar por mim com comentários e comentários aos comentários, porque eu esgotei aqui o meu latim todo !

JPSetúbal

28 setembro 2006

Carta aberta às cunhadas - A resposta! E a réplica... E ainda a tréplica!



Meu querido cunhado,
Em meu nome (mas certamente as minhas queridas cunhadas subscrevem) agradeço as tuas doces palavras. Modéstia à parte, mas nós, vossas “musas inspiradoras” sabemos que tudo o que vocês, nossos inestimáveis maridos, fazem, é sempre, sempre por nós e para nós. Muito obrigado! Sei também, ó amores das nossas vidas, que se não conseguem ser tão pontuais aos compromissos familiares, como são às sessões, é apenas porque pretendem que nós, vossas dedicadas esposas, aperfeiçoemos à nossa capacidade de espera e a nossa tolerância... muito obrigado! Sabemos também, nossos amados esposos, que é para vós um tremendo sacrifício, abdicarem da nossa agradável companhia, para irem às sessões... é com certeza um fardo pesado de suportar! Sabemos que preferiam passar um agradável serão em casa a dar banho aos nossos rebentos...a dar-lhes jantar...a aturar as suas adoráveis birras...a ler a história antes de dormir...a arrumar o nosso doce lar...e a fazer todas aquelas tarefas tão agradáveis que tão carinhosamente nos deixam fazer sozinhas. Muito obrigado! Nossos queridos maridos, nós, vossas companheiras e “centro das vossas vidas” reconhecemos que vocês, nossos mais-que-tudo, não são perfeitos...mas para nós, que vos amamos com todo o nosso ser (e mais algum!!!), vemos apenas virtudes e...algumas (pequenas?!) imperfeições! Obviamente que vocês, ó cactos do nosso deserto, podem contar sempre com o nosso apoio e com toda a nossa compreensão...assim como nós, flores da vossa Primavera, estamos certas que podemos contar sempre, sempre convosco para tudo (?). Bem hajam nossos amados eternos! Um beijo grande para todos e um especial para ti Rui.



Na caixa de comentários ao texto "Carta aberta às cunhadas", a PatBR (ou, mais simplesmente, a Patrícia) colocou esta notável, inteligente e estimulante resposta.

Qualquer administrador de blogue que se preze só pode, pois, fazer o que aqui faço: colocar esta pérola de engenho, arte e ironia no corpo principal do blogue, para que não passe despercebido.

Posto isto, é tempo de replicar!

Patrícia, minha nunca suficientemente admirada cunhada:

Foi com indizível prazer que li a resposta que te dignaste dar ao pobre amontoado de palavras que, sem grande talento, mas com o propósito de as tornar minimamente dignas de vós, ínclitas cunhadas, consegui laboriosamente alinhavar.

E, antes do mais, tenho que cometer o puro acto de justiça de eu, Mestre Maçon, humildemente me inclinar perante ti, Mestra da Ironia!

Porém, algumas pequenas imprecisões, quais sinais de beauté, salpicam tua admirável prosa. Perdoa-me que tenha a ousadia de tas apontar.

Em primeiro lugar, tua inenarrável condescendência perante nós fez-te afirmar algo que, hélas, não corresponde à realidade dos factos: infelizmente, não é exacto que nós, simples maçons percorrendo humildemente a via da superação de nossos defeitos, tenhamos já logrado superar o nosso lusitano defeito da falta de pontualidade e que sejamos pontuais às sessões. Asseguro-te que a nossa falta de pontualidade é igual em todo o lado...

E se e quando, porventura, começares a notar uma melhoria da pontualidade do teu mais-que-tudo aos seus compromissos familiares, então aí está: começa a notar-se - finalmente!- um passo dado na dura vereda da busca da melhoria!

Em segundo lugar, equivocas-te quando duvidas do nosso apego a "um agradável serão em casa a dar banho aos nossos rebentos...a dar-lhes jantar...a aturar as suas adoráveis birras...a ler a história antes de dormir...a arrumar o nosso doce lar...e a fazer todas aquelas tarefas tão agradáveis que tão carinhosamente nos deixam fazer sozinhas". Tudo isso são actividades que cada vez mais apreciamos, símbolos da singela vida em família. E asseguro-te que, se muitas vezes as deixamos para vós, é apenas com o intuito de vos permitir o deleite de sua execução. (Não, por quem és, não agradeças, não é preciso, nós somos assim, amamo-vos...)

Em terceiro e último lugar, fiquei um pouco estupefacto com a bela imagem, a nós aplicada de "cactos do vosso deserto". Que quis tua nobre reflexão dizer com tão inesperada mensagem?

Será que pretendeste dizer que... picamos? Se assim for, garanto-te que vamos urgentemente providenciar para que o escanhoado de nossa barba seja mais perfeito, para evitar tão inditoso inconveniente!

Ou será que somos "cactos do vosso deserto" porque, no meio da desolação e do calor, saciais vossa sede em nós? Se assim for, é mui mais gentil essa ideia...

Enfim, pequenas correcções que espero que te não enfades que as tenha ousado fazer!


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Agora a sério, minha cara.

Concede-me o direito de exibir o defeito do meu autoritarismo e toma nota.

Com esta acutilante resposta taco a taco, a frescura de tua prosa e o brilho de tua ironia, não mais te é permitido que te limites a ler os textos que aqui colocamos.

ESTÁS INTIMADA A EXERCER A FUNÇÃO DE COMENTADORA OFICIAL DO BLOGUE!!!!

E não ouses deixar de comentar!

Um beijo!

Rui Bandeira

PatBR disse...

Querido cunhado,

Aceito com humildade as tuas correcções, mas julgo
serem necessárias algumas explicações...

Em primeiro lugar, e no que
respeita à pontualidade, devo então um pedido de desculpas - julguei-vos todos,
meus queridos cunhados, pelo comportamento do meu muito amado marido... pelo que
sei (ou julgo saber!!!) ele costuma ser pontual às sessões!

Feita a
primeira exlicação passo então à segunda...
Nada a comentar...tens razão!
Somos umas sortudas! Só não agradeço novamente porque disseste para não o
fazer!!!...

Terceira e última explicação... o cacto do nosso deserto...

Oh meu muito querido cunhado, devias envergonhar-te de, numa primeira
análise, teres interpretado tão injustamente as minhas palavras.
Senti-me
verdadeiramente aliviada, por perceber no parágrafo seguinte que tinhas
percebido, finalmente, o verdadeiro significado da imagem que quis transmitir.
Até porque nós, vossas dedicadas esposas, gostamos de tudo em vós, até do
“escanhoado” de vossa barba!!!

Por último, agradeço os teus rasgados
elogios e retribo em dose dobrada... óh Mestre dos Mestres da Ironia!

Beijos

27 setembro 2006

Carta aberta às cunhadas

(Os maçons tratam-se entre si por Irmãos; assim sendo, as mulheres dos maçons são por estes coloquialmente referidas por "cunhadas")

Queridas e nunca suficientemente exaltadas companheiras de nossas vidas:

Bem sabemos nós que vós, luzes de nossos olhos, apreciais a nossa companhia - quase tanto como nós apreciamos a vossa.

Bem sabemos nós que vós, calores de nossos corações, desejaríeis que nós não nos apartássemos de vosso regaço para participar nas nossas reuniões, para assegurar o cumprimento das tarefas que a Loja nos confia.

Asseguramo-vos que muitas vezes a nossa alma nos pesa pela necessidade daquele nosso apartamento de vós para o cumprimento de nossas obrigações maçónicas.

Perguntais então, certamente, vós, regaço de nosso contentamento: se assim é, porque vos apartais de nossa companhia?

A resposta, para além de nosso zelo no cumprimento de nossas obrigações, como Homens de Honra que nos prezamos de ser - uma das razões, aliás, porque merecemos a ventura do vosso afecto... -, é porque também vós, centro de nossas vidas, beneficiareis de nossos trabalhos maçónicos!

O propósito da Maçonaria é possibilitar, auxiliar, potenciar o aperfeiçoamento de seus cultores. Aperfeiçoamento espiritual, mas também social, pessoal e profissional.

Com a ajuda de seus Irmãos e com a prática de seus trabalhos, o Maçon busca ficar melhor marido, melhor pai, melhor filho, melhor profissional, enfim, melhor pessoa.

Dedicamo-nos com zelo a nossos trabalhos maçónicos, mesmo com sacrifício de algumas horas na vossa desejada companhia, porque desejamos, buscamos, atingir essa melhoria.

E dela também vós, criaturas de nossos sonhos realizados, consequentemente beneficiareis.

Ou seja, se, para realizar nossos trabalhos, nos apartamos de vós, enlevos de nossas almas, também é por vós e por Amor de vós, deleites de nossas existências, que o fazemos. Doce sacrifício que gostosamente vos dedicamos!

Porém, dirá talvez vosso espírito crítico, sempre tão acerado em relação a nós: se assim é, porque não sois então melhores, que os não vemos ser?

Se isto assim o disser, ó musas inspiradoras de nossa existência, vosso espírito demasiado crítico ferir-nos-á dolorosamente com a injustiça de tal afirmação! E o amargo fel de tal injustiça só é atenuado por nossa certeza de que tal aleivosia tem origem no Amor que vós, consolo de nossos trabalhos, nos dedicais, que vos fez idealizar nossa imagem ao ponto de crerem ser impossível que nós sejamos algum dia melhores do que vós, mel de nossa existência, nos julgásteis ser!

Porém, asseguramo-vos que é verdade que procuramos nosso aperfeiçoamento e que aspiramos a que, focada vossa atenção para este nosso propósito, vós, luar que ilumina nossas noites, consigais ver os porventura pequeninos, quiçá ínfimos, progressos que vamos conseguindo e que connosco compartilheis nossa esperança em, talvez após longo tempo - mais do que nosso voluntarismo gostaria, mas na medida que nossas fraquezas nos impõem -, seja visível e gratificante nossa melhoria.

Uma última objecção vosso amoroso espírito porventura fará: se é tão demorado o caminho, se tantos sacrifícios e durante tanto tempo o mesmo implica, para quê percorrê-lo, se vós, flores de nossa Primavera, nos amais com nossos defeitos?

A resposta a esta legítima pergunta é que o Homem, se não busca aperfeiçoar-se, se não luta para se sublimar a caminho do mais perto da Perfeição que suas capacidades lhe permitirem, infelizmente vê sua fraca natureza arrastá-lo em suave, mas sempre descendente, declínio. E, se as duras realidades da Vida nos mostram que o declínio físico é inevitável, o declínio moral e espiritual, esse, pode e deve e é evitado com nosso trabalho.

Tal como a criança que se diverte andando em sua bicicleta, se parar, cai, também nós, se cessássemos nossa jornada para melhorarmos, pioraríamos.

E, se tal ocorresse, desgraçadamente poderíamos sofrer a mais dura das punições: a perda de vosso Amor!

Portanto, ó Sóis de nossas vidas, ficai cientes que, se nos apartamos de vós para nossos trabalhos maçónicos, o fazemos também, mesmo principalmente, para continuar a merecer vossas graças e vosso Amor por nós!

E portanto, perdoai-nos estes momentos de necessário afastamento, apoiai-nos no cumprimento de nossos deveres e, muito justamente, beneficiai, ao longo do tempo, dos nossos esforços para sermos melhores, esforços que a vós, faróis de nossa jornada, dedicamos.

É isto que, em nome de todos os seus Irmãos da Loja Mestre Affonso Dominguas apeteceu escrever a

Rui Bandeira

26 setembro 2006

Maracaju News - Maracaju já tem os mais belos idosos


Este último post do RBandeira levou-me a postar uma notícia chegada do Brasil onde o exemplo de participação cívica é claro.
Neste caso trata-se de intervenção da Maçonaria Feminina, que por cá também existe mas ainda mais escondida do que as obediências masculinas, mas para o caso tanto faz.
Interessa ver como a Maçonaria existe e é participante activa em acções de caracter social.
Não procuramos a ribalta (a luz dos holofotes aquece demasiado...) mas convém que a sociedade perceba que pode e deve contar connosco.
Aqui fica a notícia.

Segunda-feira, 25 de Setembro de 2006 10:06
O Projeto Conviver de Maracaju, através da Secretaria de Assistência Social, realizou, no último sábado, 24 de setembro, na sede social da AABB – Associação Atlética Banco do Brasil, o Concurso da mais bela e mais belo idoso do projeto Conviver de Maracaju e Distrito de Vista Alegre. Os jurados do concurso foram: o Gerente da Uems de Maracaju José Fernando Campos, a representante da Bella Idade Syra Corrêa, o Secretário de Saúde, José Marcondes, a Empresária Fabiana de Carvalho Lima, o Vereador Édio Antônio Resende de Castro, a Escrevente Judicial Valéria do Couto, o Auditor Nelson Gerotti, a Presdidente do Lions Club de Maracaju, Edilamar Krutul, a Secretária de Educação Martha Krolow, a Chefe de Gabinete Mariema Michelleto, o empresário Kadi e a representante da Maçonaria Elvirana Lucchiari.O Mais Belo Idoso da terceira idade escolhido pelo corpo de jurados foi: Walfrido Garcia Pereira e a mais bela idosa Ramona Couto Adão, que estarão representando Maracaju no concurso estadual e a Miss Simpatia foi para Nair Barbosa Ferreira. Na seqüência houve um baile animado pela dupla Elvis e Júnior. O Prefeito Dr. Maurílio e a primeira dama Leila Gonçalves Azambuja, o vice- prefeito Nenê da Vista Alegre, a Secretária de Assistência Social Ilca Barbosa Torquato, o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Paulo Koster, o Gerente de Transporte Vanderlei Roque e o vereador Valdenir Portela, prestigiaram o evento, que contou com a participação de cerca de 600 pessoas.APMM

JPSetúbal

25 setembro 2006

Uma rádio só para maçons (mesmo!) - 2


No último texto, dei notícia da existência da Rádio Temple, sem comentários (é assim que eu gostava que a imprensa procedesse sempre: separar a notícia do comentário, para que o leitor percebesse sem dificuldade o que é facto e o que é opinião...).

Hoje, apetece-me comentar o assunto.

A minha opinião é que não concordo com esta ideia de uma rádio só para maçons. Pela mesma razão de que não concordaria com um blogue só para maçons.

Uma das razões que faz muita gente desconfiar, temer, imaginar mundos e fundos acerca da Maçonaria e dos maçons é, precisamente, esta fama - e, em muitos casos, como neste se vê, o proveito - de secretismo, de espírito de seita.

Na minha modesta opinião, a única coisa que deve ser exclsivamente reservada aos maçons é o que é transmitido e o que é tratado em Loja.

Fora de Loja, nada há que justifique este secretismo, esta discriminação de quem não é maçon.

Obviamente que em nenhum debate transmitido na Rádio Temple se vão divulgar modos de reconhecimento mútuo...

E não percebo porque não há-de um não maçon ouvir a transmissão de uma versão da Flauta Mágica, ou uma peça de jazz, na Rádio Temple...

Acho que este encerrar da Rádio Temple a ouvidos de quem não seja maçon, para além de estulto e, na prática, irrealizável (ou será que o maçon subscritor do serviço da Rádio Temple tem que se encerrar num qualquer cómodo esconso e à prova de som para ouvir a dita rádio? Não se está mesmo a ver que, em muitos casos, e com toda a naturalidade, haverá muito bom maçon que ouvirá a Rádio Temple na presença de sua mulher?), é um verdadeiro tiro no pé.

A ideia de uma rádio de matriz maçónica é uma excelente ideia, até para divulgar o nosso ideário. Perder todas virtualidades de um poderoso meio de comunicação, como continua a ser a rádio (e como creio que cada vez mais será a rádio pela Internet, com verdadeiro alcance global) é, creio, deitar fora mais de metade do interesse da boa ideia.

Mas, enfim, os promotores da dita rádio lá sabem...

Nós, aqui, gostamos muito de ter este blogue lido por maçons e por não maçons!

Rui Bandeira

22 setembro 2006

Uma rádio só para maçons (mesmo!)


Está em funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana, uma rádio via Internet destinada exclusivamente a maçons, a Rádio Temple.

Trata-se de uma rádio de língua francesa, que usa como frase de apresentação a expressão "Radio Temple, il est toujours midi quelque part " (Rádio Templo, é sempre meio dia em qualquer lado).

Para aceder à emissão desta rádio, é necessário pagar uma contribuição anual de 25 euros e comprovar a qualidade de maçon. Para tal, o interessado terá de enviar uma mensagem de correio electrónico para o endereço tuileur@radiotemple.com, com as seguintes informações: nome, morada, número de telefone, endereço de correio electrónico, identificação da Obediência maçónica em que se está filiado, Oriente da mesma, Loja em que se está integrado, grau do maçon e dias de reunião da sua Loja. Após a necessária verificação destes elementos (junto da Loja ou da Grande Loja) por parte dos responsáveis pela rádio, o interessado receberá uma mensagem de correio electrónico de confirmação, acompanhada de um código de acesso à audição da emissão.

A Rádio Temple tem por objectivo informar e divertir os seus ouvintes, acolhendo as contribuições voluntárias de todos os que as desejem prestar, num espírito de respeito mútuo, fraternidade e tolerância. Emite programas de debate, entretenimento, reportagens e crónicas, além de informações práticas e música clássica, francófona e jazz.

Mais informações aqui.

Rui Bandeira

20 setembro 2006

Notícias cá do burgo

Nas minhas deambulações noticiosas vou apanhando as minhas surpresas, e esta é uma delas.
O Cinema Português começou pela mão de um maçon !
Recordê-mo-lo então.

Porto não assinala morte do pioneiro do cinema português
Joana de Belém


O pioneiro do cinema português faleceu há 75 anos mas o Porto, cidade onde Aurélio da Paz dos Reis nasceu e morreu, não organizou qualquer iniciativa para assinalar a data. A autarquia não tem programado nenhum evento nem recebeu qualquer pedido de apoio relacionado com a passagem, hoje, dos 75 anos da morte do primeiro cineasta português, disse fonte da Câmara contactada pela agência Lusa."É incrível, é uma anormalidade que já passa a ser normal no Porto", disse ao DN Manoel de Oliveira. "Foi um feito notável [ter sido o primeiro realizador português pouco depois da invenção do cinema pelos irmãos Lumière] e é lamentável, muito triste, esquecerem-se das pessoas com tal mérito", acrescentou o cineasta.Aurélio da Paz dos Reis, que nasceu a 28 de Julho de 1862 e morreu a 19 de Setembro de 1931, foi um activo republicano que se destacou em áreas tão diversas como a política, a floricultura, a fotografia e o cinema.Em 1896, apenas um ano após a exibição de La Sortie de La Usine Lumière pelos irmãos Lumière, compra em França uma máquina de filmar e projectar que utiliza para a realização de pequenos filmes. Saída do Pessoal da Fábrica Confiança, guardado pela Cinemateca Portuguesa desde 1982, marca o nascimento do cinema português.Captados no Porto e Braga, os filmes de Paz dos Reis ostentam títulos hoje impensáveis, como Cortejo Eclesiástico Saindo da Sé do Porto no Aniversário da Sagração do Eminentíssimo Cardeal D. Américo e Chegada de Um Comboio Americano a Cadouços. Mercado do Porto, Rio Douro, Costumes da Aldeia, Jogo do Pau, Azenhas no Rio Ave, Feira de Gado na Corujeira, O Zé-Pereira na Romaria de Santo Tirso, Torre de Belém, Marinha no Tejo - Saída de Dois Vapores e A Rua do Ouro integram o espólio de 33 fitas realizadas pelo portuense.Liberal e maçon, participou na revolta do Porto, a 31 de Janeiro de 1891, e foi um grande defensor da República, desempenhando funções na Câmara do Porto (1914-1922) como vice-secretário e vice-presidente do Senado.
JPSetúbal

Notícias do Brasil

Pois como de costume cá estou a desestabilizar...
Desta vez por causa do "léxico" maçónico (!) temos aqui umas sugestões cheia de piada.
Mesmo à brasileira !

Em sessão branca, que uniu todas as lojas maçônicas de Santa Maria, a Revolução Farroupilha foi relembrada
Ranice Pedrazzi

Homens pilchados, peões e prendas e um clima festivo. Assim começou a primeira sessão branca da Maçonaria em homenagem aos 171 anos do início da Revolução Farroupilha, um movimento idealizado pela sociedade secreta da qual fazia parte Bento Gonçalves da Silva.
Realizada na Estância do Minuano, a sessão foi presidida pelo venerável da Loja Luz e Trabalho, Tarcísio Moro, que destacou que todos os anos, as lojas realizam sessões especiais fechadas na semana farroupilha, mas este ano, a exemplo do que já acontece na semana do aniversário do município, as lojas se uniram para realizar a sessão aberta ao público.
A sessão seguiu o cerimonial de uma sessão branca, mas com uma importante adaptação. Todo o texto foi alterado, com a utilização de expressões características do modo de falar sul-riograndense. Assim, o Grande Arquiteto do Universo foi chamado Grande Patrão da Estância Universal e o início dos trabalhos foi anunciado com a frase “vão iniciar as lidas do rodeio”.Houve uma retomada da história da Revolução Farroupilha, com destaque para o episódio da tomada de Porto Alegre e proclamação da República pelo general Antonio Neto.
JPSetúbal

Léxico maçónico: Ágape


Nos vários textos anteriores, foi várias vezes mencionado o termo "ágape", aliás num deles definido como refeição tomada em conjunto por maçons, em regra depois, ou imediatamente antes, das reuniões de Loja.
Em circunstâncias ideais, as instalações onde decorrem reuniões de Lojas devem estar preparadas para ter uma sala, de tamanho adequado e devidamente mobilada, onde possa ser servida e consumida a refeição, e ainda local para a confecção desta.
Durante um ágape, são efectuados pelo menos sete brindes, dedicados ao Presidente da República, a todos os Chefes de Estado que protegem a Maçonaria, ao Grão-Mestre, ao Venerável Mestre da Loja, aos demais Oficiais da Loja, aos Visitantes (ou, nos ágapes brancos, às senhoras presentes) e a todos os Maçons, onde quer que se encontrem.
O ágape branco é um ágape em que estão presentes não maçons, em regra familiares e amigos. No ágape branco, o cerimonial é aligeirado ao mínimo, mantendo-se apenas os brindes.
O ágape ritual é considerado o prolongamento dos trabalhos em Loja. Nele, os Aprendizes e Companheiros têm oportunidade de exprimir as suas opiniões, relativamente aos assuntos debatidos em Loja (já que, em sessão de Loja, os Aprendizes e Companheiros devem observar a regra do silêncio, para mais concentradamente poderem dedicar a sua atenção ao que vêm e ouvem) ou colocados em discussão no próprio ágape.
Quando existem condições de privacidade que o permitam, o Venerável Mestre, no início do ágape, informa qual o tema sobre o qual todos os elementos presentes devem emitir as suas considerações, pela forma que entenderem. Seguidamente, cada um dos elementos presentes deve, à vez, levantar-se, apresentar-se e proferir uma alocução breve sobre o tema indicado. Esta rotina possibilita o melhor conhecimento mútuo de todos os membros de uma Loja (pois cada um expõe, em plena liberdade e perante a atenção silenciosa dos demais os seus pontos de vista), facilita a integração dos membros mais recentes (que verificam a prática da igualdade entre maçons e a aceitação das diferenças de opinião entre eles) e contribui para a superação do receio de falar em público de que sofrem algumas pessoas.
Quando existem condições para a refeição ser preparada e consumida nas instalações da Loja, por regra é nomeado um elemento da Loja, que fica com a responsabilidade de dirigir a preparação da refeição e do local onde a mesma vai ser consumida.
Quando não existem as condições de privacidade entendidas necessárias, o ritual do ágape reduz-se aos brindes ou é, mesmo, eliminado, servindo a refeição apenas (e já é bom!) para possibilitar a sã convivência entre os elementos da Loja.
Os ágapes em muito contribuem para a criação e o fortalecimento dos laços de amizade e solidariedade entre os maçons.
Rui Bandeira

19 setembro 2006

Gastronomia Maçónica - 7

Ao Setimo POST ( sera acaso) posso dizer que

AFINAL EXISTE GASTRONOMIA MAÇONICA - eu sabia !!!!!!

Descobri este blog de um Maçon Frances.

http://latelier.rmcinfo.fr/


E para prova imediata aqui fica uma das receitas do dito, que poderá ser a do jantar mencionado no post anterior


Le Gigot D'agneau de 7 Heures dit du ( Maitre Maçon). (RECETTES)
posté le vendredi 28 juillet 2006 14:10

INGREDIENTS : 1 GIGOT DE "KG, 3 CAROTTES, 3 BRANCHES DE THYM , 3 PETITES TETES D'AIL , 3X5CL DE VIN BLANC , 3X5X7 GR DE BEURRE, 3X5X7 CL DE BOUILLON DE BOEUF , 5 FEUILLES DE LAURIER , 7 TOMATES , 7 OIGNONS , 7X3 CL D'HUILE D'OLIVE.
TEMPS DE PREPARATION: Apprentissage : 3° , Compagnonnage : 5 ° , Maitrise 7 °
TEMPS DE CUISSON : 7 heures
PREPARATION : Desosser et garder l'os pour la réalisation du fond . Piquer le gigot de languettes d'ail . Faire chauffer le beurre et l'huile dans une braisiére , bien dorer le gigot sur toutes les faces ,puis l'envelopper dans un chiffon humide et bien le ficeler.Dans la braisiére , faire revenir les os du gigot et les parures. Ajouter les oignons et les carottes en gros dés . Quand les légumes sont dorés , ajouter 3 verres de vin blanc et 7verres de bouillon. Placer le gigot dans une grande cocotte ovale puis verser dessus le contenu de la braisiére .Ajouter les tomates concassées, 3 brins de thym , 5 feuilles de laurier , 3 cuilléres à café de gros sel , 3 puis 5 puis 7 grains de poivre.Porter à ébullition, puis ajouter suffisament d'eau bouillante pour couvrir le gigot. Poser le couvercle sur la cocotte et le lutter avec de la farine malaxée avec un peu d'eau afin de le rendre hermétique


JoseSR

Gastronomia Maçónica - 6

Certo concordamos que não Há.

Mas quero que venha a haver é essa a diferença. Quanto aos pratos talvez nao tao sofisticados, mas para os dois Co-blogueiros Rui Bandeira e JPSetubal e só mesmo para eles porque o trabalho de escrita deve ser recompensado, ( e vai ter que ser so para eles porque na minha mesa so cabem 4 pessoas) eu proponho-me a preparar um jantar, durante o qual discuteremos o Inicio da Gastronomia Maçonica.

JoseSR

Gastronomia maçónica - 5

Meu caro JPSetúbal, não quero que te falte nada! A cunhada Patrícia certamente que explicaria melhor, mas não quis deixar de procurar esclarecer as tuas dúvidas e... fui procurar na Net!

Quanto ao "pavão com aipo", presumo que não tenhas qualquer dúvida quanto ao pavão, simpático bichinho que nos acostumámos a ver, com a sua bela plumagem, e que nos esquecemos que ... também é comestível e que, na Idade Média, não estavam para esquisitices...

Admito então que a tua dúvida esteja no aipo, pelo que transcrevo este texto, que encontrei aqui, acompanhado de imagem do dito cujo:

As pessoas em regime alimentar (dieta) geralmente comem bastante aipo, uma vez que ele contém baixas calorias até mesmo para os padrões geralmente verificados em vegetais. Dois talos contêm menos de 10 calorias. No entanto, seu alto teor de fibras dá a sensação de saciedade.
O aipo ainda é uma boa fonte de potássio, contribui também com pequenas quantidades de vitamina C e uma boa quantidade de folato e vitamina A. Embora não contenha muitos nutrientes, o aipo acrescenta um sabor especial a uma variado número de receitas - desde sopas e guisados a saladas e recheios de aves.
As folhas de aipo não são geralmente aproveitadas, embora constituam a parte mais nutritiva da planta, pois contêm mais cálcio, ferro, potássio e vitaminas A e C do que os talos. As folhas devem ser utilizadas em sopas e saladas por seu sabor.


Passando agora à "perdiz trimolette", aprendi aqui que se trata de um prato medieval (pois...!), e que a receita é a seguinte (tradução minha do inglês, desculpem lá...):

Preparar as perdizes, assá-las no espeto até estarem quase prontas, retirá-las do espeto, parti-las ou deixá-las inteiras (a gosto) e colocá-las num tacho, em lume brando. Cortar cebolas tão finas quanto se conseguir, fritá-las num pouco de gordura, colocá-las sobre as perdizes, mexendo o tacho frequentemente. Pegar em alguns fígados de frango e num pouco de pão, assá-los bem na grelha, embebê-los num caldo de carne, depois filtrar através de uma gaze de algodão, e colocar no tacho das perdizes. Seguidamente, pegar em pó de canela, um pouco de gengibre, alguns dentes de alho inteiros, grãos de pimenta (em quantidade um pouco mais generosa) e pimenta em pó e empapar tudo em bom vinho. Feito isto, colocar tudo no tacho, polvilhar com um pouco de acúcar e tapar o tacho muito bem, para que nenhum vapor escape. Quando quiser retirar o tacho do lume, juntar apenas um pouco de vinagre, mas não o deixe ferver.

E pronto, estamos todos esclarecidos! Só falta saber quem é o voluntário para cozinhar o petisco...

Para terminar: interessante como se vai no quinto texto acerca de uma coisa que todos concordam não existir...

Rui Bandeira

Gastronomia maçónica - 4














É o que se poderá dizer com propriedade que também quero meter a colherada !
O nosso JoséSr levantou uma “lebre” (a propósito de gastronomia...) que me pôs a pensar (gaita, alguma vez havia de ser !) e a procurar informação sobre a questão das comidas e das bebidas dos maçons.
Em boa verdade não me parece que os maçons sejam, ou alguma tivessem sido, de grandes comezainas e de grandes sofisticações alimentares.
Os ágapes são por definição uma extensão dos trabalhos em Loja, portanto com muito mais de espiritual do que de “carnal” no verdadeiro sentido do termo, e mesmo os ágapes comemorativos, fora dos dias de sessão de trabalho em Loja, são sempre levados à condição de trabalho maçónico, muito mais importantes como ocasião de convívio humano do que como oportunidade de empaturramento.
E como diz o JoséSR, os brindes definem o sentido da reunião.
Pensemos um pouco, meus caros JoséSr e RBandeira.
Qual de Vocês, após um dia a carregar e a partir pedras, a endireitá-las, pô-las à forma necessária, assentá-las, ... estaria com estaleca para grandes repastos, molhos esquisitos, sabores variados ?
Mais ainda com a certeza de que no dia seguinte teriam dose idêntica, e depois mais outra, e já na véspera havia sido assim...
Claro que há que contar com o dia de descanso, mas não me parece mesmo assim que a preocupação destes obreiros se virasse para os cozinhados, e realmente não encontrei até agora qualquer referência a receitas, pratos ou coisa parecida que se pudesse relacionar especificamente com a maçonaria.
Sem esta relação estabelecida e apenas a título de exemplo do que encontrei sobre os primórdios da gastronomia organizada, deixo para experiência, o menu que Guillaume Tirel (Taillevent) preparou para Monsenhor d’Estampes em “1300 e troca o passo” (morreu em 1395, portanto teve de ser antes !):
- 1º Serviço
Capão em caldo de canela;
Galinhas com ervas;
Couves novas e ervilhas de caça.
- 2º Serviço
Assado excelente;
Pavões com aipo;
Pâté de capão.
- 3º Serviço
Perdizes à trimolette;
Pombos estufados;
Pâté de caça;
Gelatina e lesches
- 4º Serviço
Bolo;
Creme frio;
Pâtés de peras;
Amêndoas em açúcar;
Nozes e peras cruas.
É mesmo uma "refeição e peras".

Não há referência às bebidas, mas acredito que não fossem grande coisa.
Afinal ainda não haviam os “Alentejos” nem os “Dão” !!!
Desta “coisa” fica-me uma curiosidade danada... como será aquela treta das “perdizes à trimolette” e dos “pavões com aipo” ?
Sugestão final, perguntar pelo assunto à cunhada Patrícia. Ela é especialista !

JPSetúbal

18 setembro 2006

Gastronomia Maçónica - 3

Pois é !!

Estou de acordo com quase tudo o que o Rui diz. Também creio que não há gastronomia Maçonica, que para comer uns petiscos com uns gajos porreiros não é preciso grande coisa, etc.

Mas só estou de acordo com quase tudo. Não espirito que aguente um estomago vazio.

Mas um estomago não se deve encher sem preceito. E é aqui que penso que entra a Maçonaria. Criar um preceito para que os estomagos nos agapes se encham com a mesura do comedimento que deve ter um Maçon.

Não estou aqui a dizer que temos que ter um repasto frugal, tipo uma folha de alface , meio rabanete, um tomate Cherry com uma azeitona espetada num palito. ( com um pouco de vinagre balsamico, azeite de qualidade uma pitada de sal e uma volta de moinho de pimenta fica um "amuse bouche" simpatico)

Mas um repasto após uma sessão em que tentamos elevar a nossa espiritualidade, tem que permitir que no final quando vamos para casa sobre alguma coisa (dessa espiritualidade). Não é por acaso que existem Brindes rituais e sobretudo não é por acaso que o ultimo "brinde" ( nao tanto brinde mas reflexão ou mesmo talvez desejo) nos alerta para os nossos Irmaos por esse mundo fora.

Ora chegar a um restaurante, abancar e comer sem mais ( é bom claro que sim ) mas acaba com qualquer espiritualidade.

Lembro-me que nos idos de sei lá quando no Seculo passado, quando jantavamos naquele restaurante no beco dos passarinhos, o jantar era quase invariavelmente Bacalhau à Bras e Entrecosto no Tacho . Todos comiam a mesma coisa ( ou quase todos porque o Entrecosto por razoes varias não era de aceitaçao Universal), e não eramos menos felizes por isso.

Acho que se compartia mais o Agape.

Talvez seja impressao minha mas os nossos agapes nos " Pregos" são bem mais simpaticos que os outros, talvez porque todos comam a mesma coisa ( bem ha sempre uns que querem a carne mal passada e outros que a querem para la de muito passada mas....) e bebam a mesma coisa.

Aliás no nosso almoço do Solsticio de Inverno ha sempre o cuidado de ter um Menu que seja igual para todos.

A Gastronomia MAçonica pode nao existir, admito que apresentar um bife em esquadro com um Ovo em compasso pode ser dificil, mas poderemos fazer com que exista.

E com isso passar aos agapes ( talvez nao todos porque entendo que é dificil arranjar espaço) uma espiritualidade diferente, estabelecendo preceito de Agape.

Bem sei que este assunto não para tratamento geral.

Agora umas receitinhas !!!!

E se para mais nada servirem, serviram para aguçar o vosso engenho criativo.

JoseSR

Gastronomia Maçónica - 2


No seu texto sobre este tema, que nos deixou aqui há dias, o JoséSR mencionou que, na Net, apenas encontrara, a propósito de gastronomia maçónica, a referência a um livro em espanhol. Provavelmente será "La cocina masónica", de Jose Juan Iglesias del Castillo, referenciado aqui.

Posso ainda mencionar um outro livro, este em francês: "La cuisine des francs maçons", de Edmond Outin, editora Dervy, 205 páginas, custo em França, € 25,00, mencionado neste local.
Posto isto, devo frisar que, na minha modesta opinião, "gastronomia maçónica" é coisa que não existe. Não existem, que eu saiba, pratos especificamente maçónicos. Aliás, parece-me que o livro em espanhol será uma tentativa de "construir" algo em torno do tema, mais do que recensão de algo que exista...
Há cerca de dois milénios, alguém proferiu uma frase que ainda hoje é frequentemente utilizada: "a César o que é de César, a Deus o que é de Deus". Parece-me que podemos lembrar esta frase a propósito deste tema: Maçonaria respeita ao espírito, gastronomia respeita, claramente, à matéria...
É claro que os maçons sabem a importância do ágape (refeição tomada em conjunto por maçons, em regra depois, ou imediatamente antes, das reuniões de Loja) no cimentar das relações fraternais. Mas o que importa é, não o que se come, mas o convívio, o contacto, entre maçons.
De resto, tenho para mim que a internacionalmente sublinhada grande importância do ágape em maçonaria é particularmente acutilante na cultura anglo-saxónica, de matriz individualista e em que cada um foi educado a meter-se só nos seus assuntos e a deixar em paz os outros. Cá pelas nossas bandas, com o nosso gregarismo de matriz mediterrânica, o problema é conseguir que não se metam nos nossos assuntos.
Ou dito de outra forma: para os anglo-saxões, é importante estimular o convívio e levar os maçons a estabelecê-lo, sentando-se em conjunto à mesa; cá pelos nossos lados (e felizmente!), o problema nunca será sentar à mesa, será o de conseguir que o pessoal se levante dela!
Por aqui, não há cá "gastronomia maçónica", há "gastronomia" e ponto final.
No nosso canto, não é preciso ser maçon para apreciar uns bons petiscos e uns bons copos (na conta certa...), na companhia de uns tipos porreiros...

Rui Bandeira

17 setembro 2006

"Lugar ao Sul"


Desde há anos (não sei quantos!) que regularmente ouço a Antena1, aos Sábados de manhã.
A razão desta fidelidade tem a ver com o programa que, tenho para mim, é o melhor programa da rádio portuguesa, de todas as rádios portuguesas, da autoria de um extraordinário radialista, de seu nome Rafael Correia, que faz o “Lugar ao Sul”.

Este “Lugar ao Sul” tem sido um tanto maltratado ao longo dos anos pelos responsaveis da programação da Antena1, com horários a mudarem com frequência excessiva e algumas vezes atirando o programa para a madrugada de Sábado (das 7 às 8 da manhã), hora imprória para consumo.

Mas por agora está bem colocado no período das 9 às 10, e é bom que assim se mantenha, porque os portugueses mais urbanos tem o direito (ou será o dever ?), de conhecerem o seu País a sério, com os seus poetas, os seus músicos, as suas pequenas e grandes estórias que Rafael Correia inscreve semanalmente na história contemporânea de Portugal.

Esperemos que a Direcção da estação pública tome as decisões necessárias à protecção desta informação, coleccionada ao longo de anos e que é preciosa e irrepetível.

Por portas e travessas descobri que há um grupo na “Net” dedicado à música portuguesa tradicional e à poesia, especialmente referente aos amigos do “Lugar ao Sul”: http://www.grupos.com.br/ e depois clicar sucessivamente em “Artes & Entretenimento” e “Rádio”, e aí estamos com os “Amigos do Lugar ao Sul” (só não entendo porque teve de ser usado um endereço brasileiro).

Queridos “blogueiros” ouçam a Antena 1, ao Sábado (das 9 às 10 da manhã), e depois digam-me se vale a pena.
JPSetúbal

15 setembro 2006

Vamos levar isto a sério ?


Ontem resolvi romper um pouco com a seriedade (?) deste cantinho “blogosférico e postei umas larachas que me saltaram à cabeça para tentar pôr a população do blog pelo menos, a sorrir, e hoje tive a alegria de constatar o regresso do nosso JoseSR às lides.
Óh José, não foi por causa da piada ao Benfica, foi?

Claro que não foi, e esta referência vem pouco a propósito deste tema porque nesta fase aqueles palhaços não conseguem fazer rir ninguém, a não ser os “patriotas” daquela nação lá do norte, carago...
Acontece entretanto que uma mensagem de uma “velha” e querida Amiga me fez descobrir um sítio que, considerando interessante, compartilho convosco.

http://www.algebrica.pt/deFrente/Default.asp?qp=54

Aqui podemos encontrar entrevistas interessantes, com gente interessante, e uma das últimas tem a ver com o estudo do “sorriso”, o que é, que consequências tem (ou não tem) e por aí fora, feito por um português excelentíssimo, Prof. Freitas Magalhães.

Quem me conhece sabe bem que este assunto me é muito caro, entendendo eu que, se há terapias que resolvam problemas, então são com certeza as que actuam com o sorriso.
Pode não ser suficiente, mas é necessário ! (como nos bons tempos da matemática...)

Estava nestas conjecturas quando na RTP1 apareceu a sessão de hoje do, sistemáticamente extraordinário, “contra-informação”.
Meus amigos, não percam o de hoje. Se não viram tentem apanhar a repetição no compacto de Sábado. Garanto que vale a pena !

É que neste País (teimoso eu, continuo a escrever “este País” com maiúscula !) o que se passa com muitas coisas só mesmo a rir pode ser suportado. A alternativa é o choro, e essa é pior. Deixo só um cheirinho..., aparecem o Loureiro Boss e o Pinto Boss !
Agora vejam no Sábado.

Regressando ao sorriso, sugiro então uma voltinha pelo “DeFrente” e a leitura da entrevista com o Prof. Freitas-Magalhães para poderem verificar como é importante sorrir.
Creio que no protocolo de Quioto as sapientissimas excelências que produziram o texto final, (aquele tal para o qual o Tio Sam se está ... poluindo (!)) não consideraram o sorriso como coisa que valesse a pena, e no entanto quanta poluição se evitaria se sorrissemos um pouquinho mais, só um pouquinho...
Garanto que pelo menos os espíritos andariam bem menos poluídos !

E para acicatar mais um pouco o V. interesse aqui vai um parágrafo da entrevista (o resto fica procurarem no sítio) acompanhado de um cheirinho de Neruda.

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Extracto da entrevista de Freitas Magalhães ao “DeFrente”

- O que é o sorriso?
- O rosto está no topo da lista da autoconsciência humana e o sorriso é uma fonte poderosa de recompensas interpessoais. É o sorriso – essa curva simples que tudo pode endireitar – que dá movimento e dinâmica ao rosto. O sorriso é considerado uma das primeiras expressões da criança, a par da facilidade de alimentação, profundidade do sono e aceitação da ausência da mãe. O fenómeno do sorriso não é apenas identificado pela retracção das comissuras labiais para trás e para cima. O sorriso é definido em dois eixos fundamentais: o eixo muscular e o eixo da funcionalidade. Quanto ao primeiro, para a exibição do sorriso no palco do rosto, é imprescindível o exercício concreto dos músculos que circulam a boca do indivíduo, designadamente os orbiculares oris e os zigomaticus. Quanto ao segundo, e essa a minha preocupação científica corrente, refere-se à função do fenómeno no desenvolvimento do psiquismo humano no contexto das interacções sociais. O sorriso contribui, decisivamente, para o desenvolvimento afectivo e cognitivo do indivíduo como sinal de meta-comunicação que é."


Teu Riso
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria

Pablo Neruda


JPSetúbal

14 setembro 2006

Gastronomia Maçónica

Procurei na net em varias linguas e nao encontrei nada, excepto uma referencia a um livro em espanhol.

Ja mandei um mail para ver se o consigo.

Mas deixo aqui um repto

Criar um receituário próprio.

A Ideia é cada um de vós e eu proprio ir propondo receitas que achem que possam ter a ver com a MAçonaria ou pelo menos com um bom repasto.

Depois poderemos marcar um dia para uma prova das ditas ( a ser organizado com alguma antecedencia) e finalmente criar uns menus tipo.

Abraços

JoseSR

Exposição na Escudero - Galeria de Artes e Letras
















A ESCUDERO - Galeria de Artes e Letras apresenta neste momento, e até 30 de Setembro, de segunda-feira a sábado, entre as 15 e as 20 horas, a exposição de pintura intitulada Hymne à la vie, da pintora Corinne Le Ciclé.

Segundo a própria se define, "meu estilo se afirmou sob diversas formas: o abstrato, o naif e o expressionismo. Gosto de trabalhar a cor que fornece vida, e as formas, notadamente as mais simples como o círculo e o traço que evocam a doçura e o rigor, o feminino e o masculino. A simetria engendra o ritmo e, como os países e as pessoas que me inspiram, vou ao essencial".

Uma curiosidade: Corinne Le Ciclé é autora de uma das vacas que presentemente (ainda) se encontram nos espaços públicos de Lisboa, no âmbito da iniciativa Cow Parade. Com efeito, é de sua autoria a decoração da Family Cow.
Quem quiser dar uma vista de olhos na obra da pintora - o que certamente motivará para ir mesmo ver "ao vivo e a cores" a exposição - pode visionar um razoável número de obras da pintora aqui.

Rui Bandeira

13 setembro 2006

Foto de Família !

Tenham paciência, não tenho pachorra para tantos temas sérios... Ficaria mal disposto para o resto da vida se deixasse passar esta ! A boa disposição é o sal da vida !




Já agora, sabem porque é que a equipa do Benfica anda toda torcida ?

Oh pá, então com 6 milhões de torcedores... muito aguentam eles.

JPSetúbal