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19 junho 2007

O Mundo dá muitas voltas

Ai as voltas que o Mundo dá.
Vai mais ou menos para um ano a generalidade da imprensa,e a generalidade das pessoas era rápida a condenar o exercito de Israel pelas suas acções na faixa de Gaza e no Libano, com o intuito de reduzir as incursões dos terroristas e o disparo de rockets.
Acusou-se o exercito de Israel de atingir civis inocentes, etc etc.
Hoje e nos mesmos cenários Libano e Faixa de Gaza ocorrem situaçoes similares.
No Libano o exercito regular bombardeia campos de refugiados onde estaõ entrincheirados grupos radicais terroristas.
Em Gaza as milicias do Hamas perseguem e aniquilam as forças da Fatah. Sabe-se de execuções sumárias com tiros na nuca e outras atrocidades.
Em qualquer dos casos existem mortos civis.
Curiosamente os média olham com paternalismo para a desgraça. Não olham como se um conflito se tratasse mas como se uma catastrofe tipo tsunami fosse.
Tenho que concluir, fria e cruelmente, que quando Israel está envolvido há chacinas e massacres e morrem muitos civis. Quando a questão é entre facçoes rivais é uma causa natural e só há desgraçados que não tinham como escapar dessa monstruosa onda.
Ora aqui está a subtil diferença que os Media introduziram sem se dar conta.
É natural, é historico, que facçoes rivais dos palestianos se matem umas às outras, como tal o peso dado a estes eventos é a 16ª pagina do jornal e a noticia no fim do bloco de noticias internacionais.
É mais um "fait divers" tipo " Morreram mais 79 pessoas (um dia são Xiitas e no dia seguinte são Sunitas) num atentado em Bagdad ".
O mundo em geral vai dizendo que é preciso parar a coisa, mas não é tomada nenhuma acção nesse sentido pois até dá jeito que as facçoes rivais nao se entendam e se aniquilem. Dá jeito que o exercito regular do Libano use as muniçoes que a enferrujar para se poderem vender mais uns obuses e uns canhões.
Ora eu cá como até nem sou hipocrita, escrevo estas coisas.
Mas que estou absolutamente convencido que existem dois pesos e duas medidas para as atitudes do Mundo face a esta realidade que é o Médio Oriente, isso estou.

José Ruah