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24 junho 2006

HÁ QUEM DÊ A VOLTA POR CIMA

Este título foi-me sugerido por uma anedota que um Amigo me enviou ontem.
E no entanto, começando por ser o título de uma anedota, aplica-se como uma luva a uma das situações humanas mais espantosamente exemplares com que nos confrontamos hoje.

A verdade é que ontem estive a ouvir fado.
Um grupo de Amigos, uma tertúlia ou uma reunião de interessados no fado e na sua história, reuniu-se ontem à noite.
São reuniões que se vão organizando de vez em quando, com periodicidade mais ou menos regular, e nas quais após um jantar (não uma “jantarada”...), os participantes, amantes do fado, tocam e cantam em louvor à Guitarra Portuguesa e ao Fado Tradicional.
Os nomes não interessam, interessa participar, viver o fado e a guitarra, discorrer sobre coisas...
Desde o primeiro destes encontros que as coisas se passam assim e de todas as vezes se cantou Fado e se tocou Guitarra.

E no entanto a noite de ontem encheu-me a alma.
A emoção não tem dimensão, nem tempo, nem lugar.
Ontem teve tempo, teve lugar, só não teve dimensão.
À lição de Fado e de Guitarra que sempre acontece nestes momentos, tive ontem a maior (talvez, sim !) lição de humanidade que alguma vez pude esperar receber.
Ouvi um Homem a cantar, vi um Homem feliz.
Quandos os sentimentos se libertam e se sentem os pêlos a fazerem “pele de galinha” é sinal que as emoções estão no auge.
Que grande lição de Fado, que enorme lição de Vida.

Aprendi há muitos anos que “UM PAÍS SE FAZ COM HOMENS E LIVROS”.

Obrigado José Manuel Osório.

J.P.Setúbal