06 junho 2014

O Silêncio e o Verbo! – Parte -2


Hoje estou certo que tinha sido garantidamente uma atitude totalmente descabida e fratricida, terem-me entregue nas mãos uma arma tão poderosa, uma arma capaz de gerar mau estar e confusão, entre aqueles que escutassem os sons produzidos pela utilização, então, indevida e fora de tempo.

Um dia ouvi, dizer que o Silêncio era aquilo que realmente criava um Maçon porque o Silêncio era a principal “coisa” que efectivamente alterava o “Homem” Maçon geneticamente!

Na altura já sabia que o Silêncio não devia ser visto apenas numa ação em si mesmo, mas como um princípio de aprendizagem e de entendimento.

Mas este Silêncio, que agora me era imposto, muitas vezes me despertou um terror Ctónico, que por estar sujeito a ele tantas vezes me devorou as entranhas.

Mas hoje, hoje finalmente entendi o que aquele homem queria dizer, com aquela afirmação.
Hoje sinto, tal como foi dito naquele dia, a verdadeira alteração que o Silêncio fez no meu ADN.
Hoje digo que o Verbo é sem dúvida a Vida, mas o Silêncio nem sempre é a Morte.

Tal como a Luz, do Sol, se retira ao final do dia, pelo Ocidente e volta a surgir pela manhã, no Oriente, também hoje, utilizo o Silêncio do amanhecer ao anoitecer, ou seja, passei a ter o Silêncio como uma ferramenta de uso diário.

Hoje e desde do momento em que a Luz me foi mostrada, sei que ele, o Silêncio, é acima de tudo uma forma de criar, ou pelo menos de educação e formação de um Maçon, por isso hoje também já digo, como aquele homem um dia ouvi dizer:

Que o Silêncio é a “coisa” que efectivamente altera o “Homem” Maçon geneticamente!”

É o Silêncio que me tem permitido distinguir a verdadeira necessidade da utilização do Verbo, pois pela sua graça e poder, o Verbo, só deve ser utilizado se o seu objetivo for a construção, a criação, a designação do bem e nunca usado apenas com o objetivo de destruir, de minimizar, de ridicularizar, de oprimir e ou de se fazer superior a outrem, tentação tão profana que muitos, por vezes, são levados a realizar.

Alexandre T.

1 comentário:

Joaquim Almeida Santos disse...

Caro e Exmo. Senhor,
Saúdo-o!
"...desde do momento em que a Luz me foi mostrada, sei que ele, o Silêncio, é acima de tudo uma forma de criar, ou pelo menos de educação e formação". Grato, por este seu testemunho.
Cordiais Cumprimentos,