10 setembro 2008

Já somos fonte!

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Foi hoje publicado na edição eletrónica do jornal Ponto Final, de Macau, um artigo, da autoria do jornalista João Paulo Meneses, intitulado Está a nascer a terceira loja maçónica em Macau.

Para além de apreciarmos uma notícia genericamente bem feita relativa a uma Loja em constituição da GLLP/GLRP, Obediência em que se integra a Loja Mestre Affonso Domingues, que temos nós a ver com isso? Dois aspetos:

O primeiro, notar que a Imprensa tradicional começa a usar assumidamente como fonte de informação e pesquisa os blogues, no caso os blogues de temática maçónica. Com efeito, expressamente se refere na dita notícia que parte das informações recolhidas para a notícia foram obtidas no blogue Luz do Oriente (Macau) (in installation), para cujo endereço remete um dos atalhos que disponibilizamos na coluna da direita do A Partir Pedra.

O segundo, assumir que o "outro blogue que segue a mesma filiação da GLLP", no qual o "mestre instalador" escreveu um comentário transcrito na notícia foi o nosso A Partir Pedra. O comentário foi publicado por AMG, Mestre Instalador da Loja em processo de constituição, a propósito do texto Loja Luz do Oriente (Macau).

A notícia parece-me genericamente correta e elaborada com o propósito de informar. Detetei, no entanto, duas pequenas imprecisões: a GLLP/ GLRP foi criada, não em 1996, mas sim em 1990, então sob o nome de GLRP. Em 1996, na sequência da cisão dos elementos afetos ao que ficou conhecido como "golpe da Casa do Sino", mudou de nome para GLLP/GLRP; não é completamente exato que todas as Lojas da GLLP/GLRP trabalhem, como afirma a notícia, no Rito Escocês Antigo e Aceite: a maior parte das Lojas da GLLP trabalham no REAA, mas há Lojas trabalhando noutros ritos. Aliás, e não sendo contas do nosso rosário, creio que não será também correto afirmar-se que todas as Lojas do GOL trabalhem no Rito Francês... Mas, bem vistas as coisas, trata-se de imprecisões naturais em quem assumidamente teve alguma dificuldade em recolher as informações que pretendia.

Rui Bandeira

3 comentários:

Jose Ruah disse...

Pois este é o preço da fama!!!

Não tarda antes de a imprensa publicar o que quer que seja, vem confirmar connosco.

João Paulo Meneses disse...

um jornalista deve procurar quem sabe e está disponível para ajudar a perceber; fui o que fiz, e agradeço a atenção.
E já agora se não cito o nome do vosso blogue é porque isso ajuda a identificar o mestre instalador (sim, as iniciais são relativamente fáceis de descodificar num território pequeno como Macau); dirão, o proprio autor do comentário, ao assinar com maisculas, não teve essa preocupação; acontece que uma coisa é o blogue A Partir Pedra (por muitos leitores que tenha), outra um jornal de Macau, lido em Macau.
Poderão pensar que é excesso de zelo, mas foi - assumidamente - uma opção de preservação da identidade (que o próprio não me pediu, já agora, porque preferiu não responder às minhas mensagens).
Um abraço e obrigado, mais uma vez.

Luz do Oriente disse...

Teu I. M:.Inst:. do Tiang:. LdO acrescenta, apenas, que são oportunas as tuas observações e a bitola do jornalista que teve o cuidado de precaver a sua fonte, como lhe foi pedido. O que é raro neste mundo [jornalistico] num tempo de devassa e coscuvilhice. Surgem, também, algumas referências menos exactas à Sino-Lusitana que conheço bem e que funciona no Rito de York. Na verdade, não tem ninguém de Macau mas gosta de dizer que também é de Macau. O colonialismo anglo-saxónico, também, chega aqui mas temos a bitola dos nossos antepassados (adaptados ao século XXI) que quando os ingleses tentaram mandar uns barcos para tomar e ocupar Macau, no século XIX, o governador português mandou sair os nossos barcos e deu-lhes uma surra. Amigos, amigos mas.... Macau continua [numa metade] terra portuguesa e terra de Camões {onde ele esteve e viveu].
Triplice Abraço Fraterno.
Teu GAMA.